2006/05/26

O Bar do Lago

Quando o bar do lago foi entregue para exploração à E.M. Profidélis, discordei visto que já estava aberto o concurso para a exploração do espaço, e a anulação do mesmo frustou expectativas de vários promotores seriamente interessados em tornar aquele espaço num espaço agradável. Referi também na altura que não me parecia que a Profidélis estivesse vocacionada para gerir um espaço desta natureza, o que se veio a confirmar. Embora a Profidélis tivesse tornado o Bar do Lago num dos espaços mais elitistas da cidade, visto que praticava preços bastante acima da média, nunca conseguiu rentabilizar este espaço, quer em termos económicos, quer em termos culturais. Convém recordar que a Câmara quando entregou o espaço à Profidélis tinha em vista 3 objectivos principais (retirado do sitio da CMP):
..."1. Assegurar a rápida abertura do espaço, evitando assim os vários meses de concurso público;
2. Assegurar que os graves problemas de insegurança verificados no passado não viessem a repetir-se, tendo em vista o esforço financeiro efectuado na recuperação deste espaço e;
3. Permitir que o município tivesse mais uma estrutura de apoio a eventos e actividades culturais, o que seria difícil através da exploração do bar por parte de privados. Assegurados os dois primeiros objectivos, iremos procurar durante o ano de 2006, durante o primeiro trimestre, proceder a obras de reconversão do espaço, mantendo a vertente de bar mas reforçando as valências de apoio a actividades culturais mantendo-se uma gestão equilibrada deste equipamento.O Bar do Lago, em 2006, continuará a constituir-se como uma infraestrutura integrada no roteiro turístico dos agentes locais (agências de viagens, quintas, restaurantes)."...
Torna-se engraçado (para não dizer outra coisa) ler este terceiro objectivo (volto a lembrar que este texto pode ser consultado no site da CMP, na secção Empresas Municipais), sabendo que o Bar do Lago foi entregue à exploração ao TEATRO CARMO-ARTES, com o objectivo de tornar o espaço num polo cultural da cidade! É caso para dizer: então agora já não é difícil ter uma estrutura de apoio a eventos e actividades culturais, através da exploração por parte de privados?
Convém dizer que concordo plenamente com esta solução de entregar o Bar do Lago à exploração ao Teatro Carmo-Artes, só lamento que tenha sido preciso um acumular contínuo de prejuízos para se chegar à conclusão que efectivamente uma Empresa Municipal não deve servir para gerir cafés...

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