Realiza-se amanhã dia 29 uma reunião da Comissão de acompanhamento da Zona pedonal, com um único ponto na ordem de trabalhos, a suspensão da proibição de circulação na referida zona. Esta reunião surge no seguimento da retirada da ordem de trabalhos da última reunião de Câmara, do ponto que eu tinha requerido ao Sr. Presidente para ser incluído na mesma e que visava a suspensão da proibição da circulação na zona pedonal.
Convém referir que aceitei retirar a proposta, não porque a mesma tenha sido considerada "deselegante" ou porque deveria ter sido apresentada em primeiro lugar na comissão, mas sim porque o Sr. Presidente e o seu executivo se preparavam para a "chumbar", promovendo com essa atitude a continuação da agonia de quem trabalha e reside naquela zona, e como o meu único objectivo era efectivamente contribuir para que o problema seja menorizado enquanto não há decisões definitivas pareceu-me sensato retirá-la.
Mas gostava de referir o seguinte, em relação ao facto de fazer parte da comissão e não ter apresentado primeiro a proposta na referida comissão, as conclusões da primeira reunião da comissão foram claras, tem que se encontrar uma solução diferente da actual, mas entretanto deve-se abrir o trânsito de modo a evitar males maiores. Em relação a este assunto não existe a miníma dúvida, é só perguntar aos representantes dos moradores e dos comerciantes. Considero portanto que não desrespeitei a comissão, apenas tentei contribuir para que o que foi opinião unanime dos presentes, fosse de uma forma transitória, posto em prática. Convém também referir que não fiz esta proposta para agradar ao Sr. Presidente da Câmara, fiz esta proposta porque efectivamente estou seriamente preocupado com lento definhar daquela zona, a que todos assistimos diárimente.
Em relação ao facto de ter sido o Partido Socialista que decidiu a pedonização daquela zona, é verdade, mas também é verdade que o fez na convicção de que estava a contribuir para o melhoramento das condições da zona em questão, talvez por isso a oposição na altura, oposição em que se incluía o Sr. Vereador Alberto Santos (conhecem?...), também votou a favor!! Pois é, ao contrário do que dizem algumas "vozes" eu não fazia parte do executivo que aprovou a pedonização da rua. Por isso, caros amigos agora é fácil "sacudir a água do capote", dizendo que a culpa é do P.S. mas aqui a culpa não é de ninguém, todos os partidos votaram a favor com a convicção de que estavam a fazer bem!
É verdade que eu fazia parte do executivo que aprovou o regulamento de circulação para aquela zona (o rigor dos factos é tão bonito!), o dito regulamento esteve "congelado" 6 anos, disse bem 6 anos, foi posto em prática, não funciona... qual é o problema de agora querer contribuir para que o mesmo seja alterado? O facto de o ter votado impede-me de reconhecer que não funciona? Impede-me de querer, como queria na altura em que o mesmo foi feito (convém dizer que o regulamento foi elaborado com a participação de todos os interessados e intervenientes), que se encontre a melhor solução? Claro que não, antes pelo contrário, é minha obrigação como elemento activo em todo este processo, contribuir para a sua solução.
Volto a frisar que o regulamento esteve "congelado" 6 anos, só agora se verificou que não é a melhor solução! Mas no entanto, um comerciante com interesses na zona, numa reunião pública da Câmara Municipal em 2002, já com o Dr. Alberto Santos a presidente, apelou para que fossem encontradas formas de dinamizar a zona (o regulamento ainda estava "congelado" na altura), o Sr. Dr. Antonino, Vereador do pelouro, respondeu ao Sr. que a questão estava a ser acompanhada pelos melhores especialistas da área, e que efectivamente se teria de realizar algumas acções de animação e dinamização da zona em questão. O que mudou de 2002 até hoje? Também será culpa do Partido Socialista?
Espero sinceramente que a teimosia do Sr. Presidente da Câmara não impeça a resolução provisória do problema, pois como já disse em várias ocasiões, a suspensão provisória da proibição da circulação, não é por si só solução para o problema, mas enquanto se tomam decisões não me parece justo que quem vive e trabalha na zona pedonal, continue a "pagar as favas".
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